Texto de Professora Rosinha Cordeiro de Macedo:
Recolhida na alcova solitária
Transformada pelas preces,
Em templo de Amor e Paz
Mentalizei Jesus, quando no topo do calvário,
Braços em cruz ensinava, o seu perdão.
Tão clara foi a visão que
Eu não sei se adormeci,
Ou se sonhei e com Jesus assim falei:
Oh! Jesus desce de novo
À Terra, ensine outra vez
A humanidade que a doce
Fraternidade pode ser aqui vivida.
Diz aos russos e alemães, ingleses e americanos que,
Sobre idioma diverso,
É irmão todo o universo
Filhos da grande luz.
E que Vós meigo Jesus
A todos abençoaste do alto da Tua cruz.
Japoneses ou chineses, muçulmanos ou judeus,
A todos disseste igual
Que o mal deveria ser
Banido dos corações.
Com a força do Teu Amor
Ilumina os insensatos
Que querem plantar a dor
Onde tanta dor já houve.
Ainda choram as viúvas e os filhinhos
Dos mártires da outra guerra.
Oh! Jesus… Jesus da Galiléia
Tem piedade dessa pobre humanidade
Que caminha desvairada sem te ouvir.
Volta Mestre, vem de novo a Tua Luz espargir,
Aonde tanta sombra existe.
E emudeci, comovida, triste e então escutei:
Filha querida! Já não me sentes ao teu lado?
Da Terra eu não me afastei,
Apenas sou compreendido e percebido por
Quem ama, crê e ora e por quem chora também.
Aqueles que não me vêem, no escuro da
Treva densa, primeiro terão a dor
Depois a dor se condensa e, então, virá a luz,
Tão dúlcida e tão serena que a Terra será pequena
Para tanto, tanto amor!
Filha! Agora já não tarda o
Evangelho que eu ensinei será o
Código da Terra vivido e compreendido
Por todo povo de Deus.
Filha! Não te canses da labuta,
Pois a vida é contínua luta,
Age sempre no bem. Adeus!
Desfez-se a visão querida
E aquela voz doce e calma
Ainda embala a minha alma,
Dando-me certeza e esperança
Que um dia essa criança,
Que se chama humanidade,
Sentirá na doce fraternidade a essência
Daquele amor que
Vós pregastes Senhor.