Dona Maria Pena, que era viúva do Raimundo, irmão do Chico [Xavier], julgava que este era um mão aberta…
Não era muito crente do dar sem receber. E certa manhã, em que, sobremodo, sentia a missão do médium, que muito estimava, disse-lhe:
– Chico, não acredito muito nas suas teorias de servir, de ajudar, de dar e dar sempre, sem uma recompensa. Não vejo nada que você recebe em troca do que faz, do que dá, do que realiza…
– Mas, tudo quanto fazemos com sinceridade e amor no coração, Deus abençoa. E, sempre que distribuímos, que damos com a direita sem a esquerda ver, fazemos uma boa ação e, mais cedo ou mais tarde, receberemos a resposta do Pai. Pode crer que quem faz o bem, além de viver no bem, colhe o bem.
– Então, vamos experimentar. Tenho aqui dois chuchus. Se alguém aqui aparecer, vou lhos dar e quero ver se, depois, recebo outros dois…
Ainda bem não acabara de falar, quando a vizinha do lado esquerdo, pelo muro, chama:
– Dona Maria, pode me dar ou emprestar uns dois chuchus?
– Pois não, minha amiga, aqui os tem. Faça deles um bom guisado.
Daí a instante, sem que pudesse refazer-se da surpresa que tivera, a vizinha do lado direito, também pelo muro, ofereceu quatro chuchus a Dona Maria.
Meia hora depois, a vizinha dos fundos pede a Dona Maria uns chuchus e esta a presenteia com os quatro que ganhara.
A vizinha da frente, quase em seguida, sem que soubesse o que acontecia, oferece à cunhada do nosso querido médium, oito chuchus.
Por fim, já sentindo a lição e agindo seriamente, Dona Maria é visitada por uma amiga de poucos recursos econômicos.
Demora-se um pouco, o tempo bastante para desabafar sua pobreza.
À saída, recebe, com outros mantimentos, os oito chuchus.
E Dona Maria diz para o Chico:
– Agora quero ver se ganho dezesseis chuchus! Era só o que faltava para completar essa brincadeira…
Já era tarde. Estava na hora de regressar ao serviço e Chico partiu, tendo antes enviado à prezada irmã um sorriso amigo e confiante, como a dizer-lhe: “Espera e verá”.
Aí pelas dezoito horas, regressou o Chico à casa.
Nada havia sucedido com relação aos chuchus.
Dona Maria olhava para o Chico com ar de quem queria dizer: “Ganhei ou não?…”
Às vinte horas, todos na sala, juntamente com o Chico, conversam e nem se lembram mais do caso dos chuchus, quando alguém bate à porta. Dona Maria atende. Era um senhor idoso, residente na roça. Trazia no seu burrinho uns pequenos presentes para Dona Maria, em retribuição às refeições que sempre lhe dá, quando vem à cidade. Colocou à porta um pequeno saco. Dona Maria abre-o nervosa e curiosamente. Estava repleto de chuchus… Contou-os: sessenta e quatro. Oito vezes mais do que havia ultimamente dado… Era demais. A graça, em forma de lição, excedia à expectativa, era mais do que esperava. E, daí por diante, Dona Maria compreendeu que aquele que dá recebe sempre mais.
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama – LAKE – Livraria Allan Kardec Editora
Sou espirita .Mas as vezes sou um pouco dona Maria.
Mais em falando de Chico Xavier eu agradeco a Deus por ter tido colocado um ser tao maravilhoso entre nos um dia.
Procure lembrar:
Qualquer um que tenha feito algo que alegrou o seu dia, um dia, viveu a lição que o abençoado Chico nos dá. É simples.
E vdd um pouco São Tomé preciso ver pra crer .e já fui testada .seria essa o ‘”homem de pouca fé”sinto ter fé porém tudo preciso contestar.uma bela lição . gostei a
OK
De fato Carlos Alberto. Muitas vezes só esperamos receber, sem ao menos mover um passo em direção de ajudar alguém.
Muita paz meu amigo.
Na maioria das vezes, não temos condição de dar presentes ,e porque não dar um ombro amigo? Deus ensinou nos assim: ” amai vos uns aos outros como sempre lhe amarei” e nada melhor do que isso é dar atenção, carinho e amor. E para terminar, um olho no gato e outro no peixe sem deixar a mão esquerda ver.
Obrigado pelo comentário e suas reflexões.
Muita paz.